O PROJETO POLÍTICO É O PANO DE FUNDO PARA A ESCOLHA DE UM SOFTWARE EDUCACIONAL?
O desenvolvimento de Software educacional ganhou um grande impulso nos últimos anos. Há alguns anos ,a escolha dos educadores restringia-se a duas opções: Programa de Instrução Programada; Linguagem de Programação Logo.A integração do computador ao ambiente escolar é uma questão complexa implica compreender o papel que o computador pode assumir no processo de ensino e aprendizagem. Este papel não é homogêneo, depende em grande parte das intenções do educador e das características do programa computacional que se pretende utilizar.A análise de algumas experiências usando a Linguagem Logo mostra a importância do Projeto Pedagógico para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula e, principalmente para a compreensão da sua função no processo educacional (Freire, 1998). A falta de um contexto significativo de uso limita as potencialidades do Logo esgotando-as. Em algumas situações,esta foi a causa do abandono dessa linguagem de programação. As experiências com Logo, respaldadas por um Projeto Pedagógico bem delineado, permitiram a integração de outros aplicativos e programas computacionais ao trabalho de informática na educação e,ainda hoje, servem como referência.A sobrevivência de muitos softwares educacionais dependerá da existência de um projeto pedagógico.Um projeto origina de uma situação circunstancial que precisa de soluções e que tem algumas restrições que devem ser consideradas. O Projeto Pedagógico é uma organização aberta. Organização,porque procura articular as informações já conhecidas; e aberta, porque precisa integrar outros aspectos que somente surgiram durante a execução daquilo que foi projetado.O projeto é passível de modificações a qualquer momento, é dinâmico. A elaboração,execução e reformulação do projeto pedagógico é o que garante escolhas apropriadas no contexto da informática na educação.O Projeto Pedagógico norteia a escolha e o modo de aplicação de um software considerando, por um lado a natureza do conteúdo a ser desenvolvido e, por outro,os recursos disponíveis dos software. Esses podem ser combinados com outros materiais didáticos e dinâmicas de trabalho, contribuindo, assim, para o delineamento de situações de aprendizagem.Segundo Hernández : “ As escolas são instituições complexas,inscritas em círculos de pressões internas e,principalmente, externas,nas quais com frequência as inovações potenciais ficam presas na teia de aranha das modas”. Se quisermos que a Informática na Educação ultrapasse os limites do modismo, é preciso investir na transformação da escola para que ela possa abraçar novas iniciativas,contribuindo,assim para que tais propostas atinjam, d forma significativa, a ponta do processo educativo: os alunos. A novidade precisa ser trazida para dentro da escola e compreendida por toda a comunidade escolar. Nos limites da sala de aula,essa compreensão demanda níveis distintos de reflexão que estabelecem um continuum: a reflexão do educador a respeito do que ele faz na (e sobre) sua ação pedagógica e a reflexão que o aluno deve fazer sobre o que aprende provocada pelo educador.
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